domingo, 19 de outubro de 2008

O encontro

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Oh, meu doce anjo,
Vejo que vieste como desejei.
E agora que aqui estás,
Meu peito acelerado quase dilacera-me.

Assustaste-me com tua chegada!
Contenha teu sentimento,
Que teu coração acalmo e conforto
N'um solúvel abraço.

Quero que saibas de mim
O amor que profundamente
Guardo por ti
E que carece de sua afeição
Para que seja o mais belo,
Singelo e puro sentimento.

A cada novo encontro,
Aumenta por ti o meu amor.
Queria em teus abraços me prender,
Em teu seio me perder,
Mas amor é traiçoeiro, contenhamo-nos.

Sinto o que nenhum outro sente,
E o que vens dizer-me é para me conter?
Será uma vil donzela se assim tratar o meu amor,
Pois ele é como uma correnteza devasta
E por ela tenho imenso louvor.

Pensas que será fácil a mim?!
O sentimento é veraz, mas consome com voracidade.
Será mais agonizante, havendo sofrimento,
Se com tamanha devoção nos envolvermos.

Mas o que peço é uma resposta apenas,
Pois esse amor está acorrentando-me
E sinto a imensa vontade de liberdade.
Quero que penses com paixão em minha causa,
E com doçura, salve minha vida.

Mesmo amando-o, imploro que deixe-me,
Pois, senão, o coração mortifica.
Essa dualidade me devora.
Peço-te que não contestes...
Guardas nosso amor
E buscas viver em intermináveis paixões.



com as características do Ultra-Romantismo no Brasil,
segundo período, RN e eu

2 comentários:

binhobrill disse...

O amor precisa de vocês.

Ingrid disse...

E todos nós dele!
E que assim seja, se faça e permanaça, amem!